Nas praças, nas ruas, na luta a vida inteira, e viva as mulheres socialistas brasileiras

Caras companheiras,

Mais um merecido 8 de março se apresenta para mantermos o foco na luta das mulheres brasileiras e do mundo. É fato que as mulheres, cada vez mais, se destacam na sociedade moderna. Mais fortalecidas e colhendo o que foi plantado ao longo de uma saga na luta pela inclusão, essa maioria da população vêm consolidando um propósito com todas as possibilidades de protagonizar mudanças que de fato favoreçam a toda sociedade.

Esse é o pensamento que permeia toda uma jornada de gestões socialistas femininas. A inovação e a ousadia do nosso Partido estão chanceladas pelo reconhecimento da forma socialista de governar. As nossas mulheres empunham bandeiras que representam o verdadeiroclamor social. Discutem sobre gênero, aborto, tráfico humano e de drogas, educação, saúde, emprego e renda e enfrentamento à violência. São mulheres que se doam pela capacitação conscientes de que o caminho para justiça e igualdade é a formação política e a conquista nos espaços de poder e decisão.

Em 2012 as urnas revelaram um crescimento excepcional do PSB. Somos o Partido com o maior crescimento absoluto e proporcional entre todos os demais. As nossas prefeitas eleitas representam um número de 157% de crescimento em relação a eleição anterior. Ouso dizer que estamos maduras e prontas para assumir os desafios de idealizar, conceber e implantar políticas públicas de gênero em prol dos 200 milhões de brasileiros e brasileiras.

Parabenizo a todas e todos, companheiras e companheiros e rogo para que mantenhamos a coerência com propostas políticas bem definidas e um pensamento que imprima a marca criativa de nossas gestões em cada canto do país. Ofuturo nos reserva cenários social e econômico complexos. E para atravessarmos mais essas adversidades temos que trabalhar incansavelmente planejando as decisões com a certeza de que sempre há muito para se fazer.

Breve trajetória da história das mulheres no Brasil e no mundo

1320 – Mulheres que alcançaram algum grau de conhecimento eram eliminadas fisicamente pela chancela da inquisição.

1563 – O Concílio de Trento decretou que, “a mulher tem alma”.

1827 – No Brasil, uma lei admitia meninas para escolas elementares e não para instituições de ensino mais avançado.

1857 – Morrem queimadas 129 operárias de indústria têxtil nos EUA por reivindicarem redução de jornada de trabalho e licença maternidade.

1893 – Sufrágio feminino na Nova Zelândia, primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres.

1917 – Passeata liderada pela professora e fundadora do Partido Republicano Feminino exigindo a extensão do voto às mulheres.

1922 – Bertha Lutz constitui a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.

1928 – Alzira Soriano, eleita pelo município de Lages/RN, foi a primeira prefeita da história do Brasil.

1932 – Getúlio Vargas, por meio do Decreto 21.076, assegurou a conquista das mulheres aodireito de votos às brasileiras.

1933 – Foi eleita, pelo estado de São Paulo, Carlota Pereira de Queiroz, a primeira mulher a exercer um mandato de Deputada Federal no Brasil.

1995 – Foi sancionada a lei 9.100 que garantiu cotas para as mulheres na política.

Como conquistamos o direito ao voto?

O dia é 24 de fevereiro e o ano é 1932. Um marco para as mulheres do Brasil. Ano em que o voto feminino, depois de muita luta das mulheres, foi assegurado  no código eleitoral provisório, por meio do Decreto 21076, que determinava que era eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo. Por centenas de anos as mulheres estiveram ausentes da vida política do País, mas hoje, fazem parte das decisões que visam uma sociedade mais justa e mais igualitária.

O movimento que garantiu essa conquista é chamado de “Movimento das Sufragistas”, e no Brasil foi liderado por Bertha Lutz. Mas foi em 1928 que, após muita pressão das mulheres Juvenal Lamartine, então governador do Rio Grande do Norte, obteve alteração na legislação eleitoral do estado e conferiu o direito ao voto às mulheres e Alzira Soriano, eleita pelo município de Lages/RN, foi a primeira prefeita da história da América Latina. Governou por quase dois anos.

Como Alzira Soriano, outras mulheres também foram responsáveis pelo incentivo das lutas atuais. Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira mulher brasileira a exercer um mandato de deputada federal em 1932 pelo estado de São Paulo. Júnia Marise e Marluce Pinto foram asprimeiras mulheres a serem eleitas senadoras pelo voto direto.Júnia pelo estado de Minas Gerais em 1991 e Marluce eleita em 1990 pelo estado de Roraima. Vale falar também que antes ocuparam vagas a Princesa Isabel, por direito dinástico, Eunice Michiles e Laélia de Alcântara que assumiram após a morte dos titulares.

Conceitos importantes

DEMOCRACIA– o conceito fundamental de democracia prega que em uma sociedade os cidadãs/os não podem ser excluídas/os ou discriminadas/os. O termo significa “igual pra todos”, em espaços e benefícios. É a Constituição Federal que garante os princípios democráticos de nossa organização social, política e econômica.

Um exemplo de democracia e de exercício da democracia é a possibilidade de envolvimento das cidadãs/os nas tomadas de decisões políticas do país. Eleger candidatas/os é participar ativamente do processo democrático, assim como cobrar dessa candidata/o eleita/o, compromissos com a plataforma política de luta das mulheres.

PODER– com o objetivo do bem público, o poder político na democracia é primordialmente a consolidação dos desejos da maioria por meio da/o governante eleita/o. Logo, são as decisões políticas, importantes para a população, nas mãos do povo que elege os representantes.  Para o movimento feminista, as mulheres eleitas abrem caminhos para se transformar a sociedade de maneira consciente e coordenada.

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA– É indispensável a participação política das mulheres para que uma política de promoção de igualdade de gênero seja consolidada. A criação de políticas públicas voltadas para mulheres tem que estar apoiadas pelas representantes do executivo e de parlamentares.

Portanto, é imprescindível que o movimento de mulheres socialistas do PSB tenha maior participação na concretização de um sonho de sociedade mais justa e igualitária. É preciso participar ativamente desse processo de levar mulheres a ocupar os espaços de poder, além da necessidade latente de fortalecer as bases sociais para potencializar a força das representantes eleitas.