Seminário Nacional reúne Movimentos Sociais do PSB

O PSB Nacional e a Fundação João Mangabeira (FJM) irão realizar em Brasília, de 22 a 24 de fevereiro, um seminário para debater o papel dos movimentos sociais do PSB na atual conjuntura econômica e política, do país e também internacional. O evento deve reunir as Executivas Nacionais de todos os seis segmentos organizados do partido, num total de pouco mais de 70 pessoas.

O anúncio foi feito pelo primeiro secretário Nacional do PSB e presidente da Fundação, Carlos Siqueira, após reunião realizada na sede Nacional do partido com os secretários Nacionais do Movimento das Mulheres Socialistas, Dora Pires; do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), Joilson Cardoso; do Movimento LGBT Socialista, Luciano Freitas; da Juventude Socialista (JSB), Bruno da Mata; e do Movimento Popular Socialista (MPS), Maria de Jesus Matos. A secretária Nacional da Negritude Socialista Brasileira (NSB), Maria Cristina Almeida, foi representada pela secretária Geral do segmento, Valneide dos Santos.

Os secretários aprovaram a necessidade e oportunidade da realização do evento neste momento de crescimento ímpar do partido e, também, deliberaram sobre os temas a serem debatidos no seminário. De acordo com Carlos Siqueira, serão três os eixos principais de discussão:

1)   Política Nacional: o desafio do desenvolvimento brasileiro;

2)   Política Internacional: a inserção do Brasil na atual conjuntura mundial, com foco especial na América Latina; e

3)   O papel dos Movimentos Sociais do PSB nesse cenário.

Segundo Carlos Siqueira, será um seminário essencialmente político, para aprofundamento das lideranças dos segmentos organizados do PSB, as quais deverão, a seguir, reproduzir os temas discutidos em seus estados e municípios.

Para embasar os debates, a Fundação João Mangabeira irá produzir três textos sobre os eixos de discussão estabelecidos, colocando-os à disposição das lideranças antes do evento. “Vamos debater que papel esses segmentos podem, de fato, exercer na sociedade que fortaleça a presença do PSB nos movimentos sociais e nos movimentos populares”, adiantou ele.

SSB – Para o Secretário Nacional Sindical do PSB, Joilson Cardoso, esse encontro e atualização do papel dos movimentos sociais do partido é mais do que oportuno. “É outro acerto político do nosso primeiro secretário e presidente da Fundação, que primeiro investiu em preparar os prefeitos eleitos pelo partido em 2012, com o Seminário: Governos Municipais Socialistas 2013-2016, que acaba de ser realizado em Brasília, e agora se volta para o investimento no seu corpo interno, os militantes dos movimentos organizados do PSB”, destacou. “Reconhecemos a sábia liderança de Carlos Siqueira e sua equipe nesse processo”.

Segundo Joilson Cardoso, os segmentos organizados são órgãos de representação do partido que atuam externamente, junto à sociedade, nos movimentos sociais históricos. Daí, aponta ele, a importância do Seminário ser realizado neste momento. “Ele prepara nossos militantes para fazerem este debate com a sociedade em nome do partido justamente no momento em que estará assumindo o maior número de gestores municipais já eleitos pelo PSB”, argumenta. “É o pensar sobre o papel dos socialistas na sociedade, por isso, aliar as duas iniciativas será muito positivo nesse momento de crescimento do partido”.

Ele lembra que os temas em debate estão em sintonia com bandeiras históricas do movimento Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB). “São três questões de grande relevância que nós, evidentemente, vamos pautar do ponto de vista da classe trabalhadora”, adianta. “Os trabalhadores são sempre prejudicados nessas horas, pois o corte de empregos e demissões são as primeiras medidas nas crises econômicas”.

Assim, a SSB quer reforçar o enfoque num desenvolvimento que enfrente os desafios da modernidade mas, ao mesmo tempo, coloque no centro das discussões a qualidade de vida do povo brasileiro. “Ou seja, crescimento sustentável com distribuição de renda e justiça social”, destaca.

Já no segundo tema, a SSB prevê vários ângulos de discussão. De acordo com Joilson, a inserção do Brasil na conjuntura internacional precisa ser discutida tanto com relação à atuação do país nos Brics (agrupamento de países emergentes que engloba Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) quanto com relação a sua liderança e posicionamento na América Latina e no Mercosul, incluindo aí acordos bi-laterais de reciprocidade com os demais povos latino-americanos.

Para ele, o papel primordial dos Movimentos Sociais do partido é o diálogo com a sociedade civil organizada, levando a ela as bandeiras consagradas do PSB e, ao mesmo tempo, aprendendo nesse diálogo e trazendo as necessidades da população para as discussões internas. “É a orientação política de nosso líder Eduardo Campos, que sempre reforça que não se pode ter a pretensão de saber tudo nem subestimar a sabedoria popular”, afirmou. “Temos que aprender com o povo para transformar seus anseios em realidade”.

Garantir que a classe trabalhadora esteja no centro das decisões sobre a crise econômica, inclusive das medidas anticíclicas e das estruturais, combater a especulação financeira e estimular a retomada da indústria – essas são as questões básicas que o movimento sindical do PSB, representado na SSB, buscará aprofundar no Seminário dos Movimentos Sociais do Partido.

LGBT – Já o secretário Nacional da LGBT Socialista, Luciano Freitas, avalia que o seminário está em sintonia com uma das principais missões da FJM. “A Fundação tem interesse de, ao longo do ano, formar os militantes em determinadas temáticas que são importantes para que eles tenham mais força argumentativa e prática, mesmo, no dia-a-dia das nossas bandeiras de luta”, aponta. “Isso porque uma das coisas que a Executiva do partido tem nos reforçado sempre é que somos segmentos do PSB, então, temos uma causa comum que é o projeto socialista de governar”.

Segundo Luciano Freitas, muitas vezes o segmento precisa de uma orientação sobre o planejamento, a conjuntura nacional ou a internacional, e esse seminário vem justamente nesse intuito, de ampliar o conhecimento das lideranças para esses debates e ajudá-las a fomentar a discussão com a sociedade. “Será um seminário bastante teórico, no qual a FJM, além de contribuir para esse aprendizado dos segmentos organizados do partido, estará buscando também a formação de líderes”, destaca.

JSB – Segundo o secretário Nacional da Juventude Socialista, Bruno da Mata, a ideia do seminário complementa uma construção que os segmentos já vêm fazendo na tentativa de aproximar, cada vez mais, as pautas e a inter-relação entre eles e, também, entre os segmentos e a direção do partido. “A gente sabe que existe certa preocupação da direção nacional do partido de transformar o PSB numa organização mais homogênea, construindo pilares mais sólidos”, afirma. “Em função disso, começamos a planejar uma série de reuniões com as direções dos segmentos para traçar estratégias e debater os temas que mais venham gerando conflitos, visando atender aos interesses de cada movimento”.

Bruno da Mata destaca que é importante que não só os secretários, mas também as Executivas todas, tenham sido incluídas no seminário. “Queremos debater as relações internacionais dos segmentos, o processo político nacional e como se dará essa nova formação política para dentro dos movimentos sociais do partido”, adiantou.

MPS –No Movimento Popular Socialista, a coordenadora nacional, Maria de Jesus Matos, destaca a importância da formação teórica que o seminário irá proporcionar aos segmentos organizados do PSB. “Será, na verdade, alinhar as ideias, definir quais são as nossas bandeiras de luta agora, a partir de 2013”, resume.

Maria de Jesus adianta que o MPS considera importante aprofundar a discussão sobre a crise internacional e seus futuros reflexos sobre o Brasil e, na conjuntura nacional, afinar qual o tipo de desenvolvimento que o partido luta para que o país atinja e de que forma pode colaborar nisso. “Diante de tantas e tão variadas demandas políticas e econômicas e, ao mesmo tempo, do grande crescimento do nosso partido, sentimos que o papel dos segmentos organizados está precisando ser melhor definido”, admite ela. “O seminário chega na hora certa e certamente será muito proveitoso para repensarmos qual o nosso papel no patamar atual do PSB, pois começa a nivelar as informações de cada segmento”.

A coordenadora Nacional do MPS informou que seu segmento também irá contribuir com alguns textos próprios sobre os três eixos de debates selecionados para o seminário. “Dividimos as tarefas em três grupos estamos colhendo várias opiniões das lideranças e militantes do Movimento Popular Socialista, não é um texto acabado”, adianta ela. “A ideia é colocar nossas preocupações específicas e sugestões no debate geral dos segmentos, inclusive, um dos grupos está com a missão de pensar o papel e a importância do MPS dentro do PSB”.

Mulheres Socialistas – A secretária Nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, ressaltou que esse é um partido que cresce a cada dia e os segmentos sociais tem um papel fundamental na construção de sua identidade. “Nesse contexto, é de extrema importância que essa força dos segmentos esteja com o pensamento e as ações alinhados e, para que isso esteja cada vez mais consolidado, é preciso que o debate seja estimulado”, argumentou. Para ela, o seminário que vai reunir as lideranças de todos os seis segmentos organizados do PSB será ideal para essa reflexão e os três eixos de debate escolhidos também.

NSB –“Para nós da NSB esse é um encontro de grande relevância, pois será a primeira vez dentro do partido que se realiza um encontro com todos os seus segmentos organizados, unindo os movimentos sociais”, elogia a secretária Geral da Negritude Socialista Brasileira, Valneide dos Santos. Ela acredita que o seminário vai ser uma ótima oportunidade para conhecer melhor os demais segmentos, saber o que cada um está fazendo e conquistando neste momento, “sem falar dos acertados eixos temáticos que iremos discutir, todos fundamentais”.

De acordo com Valneide dos Santos, é a hora certa para se saber, ou atualizar, o que o PSB espera dos segmentos e vice-versa. “Creio que essas análises todas e as discussões e definições que sairão do encontro podem promover um crescimento muito grande de nossas atuações e iremos sair dali com um direcionamento mais objetivo para os estados e municípios”, aponta ela. “Sem dúvida, será um aprendizado sobre a melhor forma de fortalecermos o segmento e, ainda, trazer novas lideranças, para que possamos pensar a NSB que queremos para 2013 e, muito em breve, também para 2014, que é um ano de eleição”.