Salário Mínimo e as verdadeiras necessidades das trabalhadoras no Brasil

O salario mínimo é uma referência importante para as trabalhadoras e trabalhadores de baixa renda, estejam no mercado formal ou informal e precário de trabalho ou que sejam beneficiários das políticas de previdência e assistência social. Por isso, seu valor é um elemento importante na elaboração e execução da lei orçamentária.

Segundo estimativas do DIEESE (2012), o salário mínimo afeta diretamente a vida de cerca de 47,6 milhões de pessoas. As mulheres representaram 52% dos beneficiários do Beneficio de Prestação Continuada (BPC), e receberam 55% dos benefícios previdenciários pagos em 2010.

Apesar do importante crescimento real do salário mínimo nos últimos anos , seu valor ainda está longe de suprir as necessidades básicas das/os trabalhadoras/es e de suas famílias, conforme preconiza a Constituição Federal. O DIEESE estima, com base na Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.743,69 em fevereiro/2013, para uma família de dois adultos e duas crianças.

Texto – Célia Vieira, economista e consultora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)
Edição – Priscilla Caroline Brito, cientista política e assessora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) e Guacira César de Oliveira, socióloga e integrante do Colegiado de Gestão do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)
Revisão – Mel Bleil Gallo, jornalista e assessora de comunicação do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA)

Anteriores:

1) O que a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a ver com vida das mulheres?
2) Cenário econômico e a vida das mulheres
3) Meta do superávit primário prejudica áreas como saúde e educação
4) Governo contingencia 47% do orçamento da SPM
5) Renúncias de receitas não beneficiam trabalhadoras domésticas