Reforma deve garantir mais espaço para a mulher na política, defende Janete

A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) defendeu hoje que a reforma política deve garantir mais espaço para a mulher. A proposta está sendo votada pela Câmara dos Deputados. Esta é uma reivindicação da Bancada Feminina no Congresso, que apenas nessa legislatura chegou a 51 deputadas.

“Somos 52% da população, mas ocupamos só 10% das vagas nesta Casa. No atual ritmo de crescimento, demoraríamos 150 anos para atingirmos a paridade entre homens e mulheres”, discursou Janete. “Esta reforma política é a oportunidade de corrigirmos essa distorção e avançarmos para uma sociedade mais igualitária”. o Brasil tem uma das menores representações femininas dentre os parlamentos de todo o mundo.

“Ao aprovar a representação mínima de pelo menos 30% de um dos sexos nesta Casa, atenderemos o que reivindica a sociedade brasileira”. Proposta da bancada feminina prevê que a cada 3 vagas da Câmara, uma seja destinada ao sexo minoritário, se este não alcançar votação suficiente para obtê-la.

Pela pesquisa do IBOPE e do Instituto Patrícia Galvão, realizada em 2012, cujos dados foram lidos pela deputada Janete no Plenário da Câmara, a sociedade brasileira defende maior participação da mulher na política:

·      8 em cada 10 brasileiros consideram que deveria ser obrigatória a ocupação de 50% das vagas pelas mulheres;

·      74% acreditam que só haverá verdadeira democracia com a presença maior das mulheres nos espaços de poder e tomada de decisão;

·      78% concordam que os partidos deveriam apresentar uma lista de candidatos com homens e mulheres alternados;

·      73% defendem punição ao partido que não fizer isso.

Reforma – A Câmara continua votando a proposta de reforma política em 1º turno nesta semana. Já aprovou o fim da reeleição, derrubou o chamado “distritão” e manteve a proporcionalidade para eleição dos deputados e vereadores e barrou os recursos do Fundo Partidário aos partidos sem representação no Congresso. Também barrou o financiamento de empresas a candidatos, mas o manteve aos partidos, cuja votação está sendo questionada como uma manobra ilegal do presidente da Câmara Eduardo Cunha. Será preciso outra votação dos mesmos itens na Câmara para depois ir a votação em dois turnos pelo Senado.