Proposta de Estela: Projeto quer integrar rios de João Pessoa às vias de transporte urbano

Transitar por toda a cidade, integrando vários transportes como ônibus, trem, bicicleta e até mesmo barco. Esta é uma das propostas que a candidata à prefeitura Estela Bezerra (PSB) tem para melhorar o fluxo do trânsito em João Pessoa, e que pode servir ainda de atrativo para turistas. Dentre os projetos do Plano de Governo, Estela pretende adaptar os rios Sanhauá e Paraíba para receber adequadamente transportes coletivos fluviais, ajudando a cruzar grandes distâncias, sem causar impacto ao meio ambiente.

Outras cidades como Recife já utilizam esse modelo, mas será que João Pessoa tem essa possibilidade? Estela acredita que sim. “É possível e propício. Desde a década de 70, com o Plano de Desenvolvimento Turístico, essa possibilidade foi proposta para os rios Sanhauá e Paraíba”, afirma a candidata. A ideia é fazer no bairro Varadouro uma estação de integração, que agregue vários meios de transporte, articulando ônibus, trem, bicicleta e barco, favorecendo o turismo, o comércio e os serviços, além de facilitar a mobilidade urbana. “Essas intervenções valorizarão a área e atrairão investimentos”, completa.

Para dar suporte ao projeto, os rios passarão por processos de revitalização, como a recomposição do mangue, criação de parque linear com ciclovia ao longo das margens e o desassoreamento, fazendo a remoção da terra acumulada no fundo do rio. “Essas ações serão uma ação conjunta entre o município e o Governo Federal, através dos Pacotes de Aceleração de Crescimento (PAC) Sanhauá, Mobilidade Urbana e Cidades Históricas”, lembra Estela.

Uma dificuldade apontada para a realização dessa ideia é a Ponte Oeste, que é muito baixa, mas Estela propõe fazer o que é chamado de transbordo nessa área. “Como essa ponte é uma ponte histórica, subi-la pode trazer alguns danos a sua estrutura. Assim, teríamos que desembarcar os passageiros de um lado, eles atravessariam o espaço da ponte por uma passarela coberta e pegariam outro barco do outro lado. Essa é uma prática bem comum, seria uma transferência de pessoas de um barco para outro”, explica.