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Declaração foi feita durante Seminário Representação Política e Combate ao Racismo em Salvador, numa mesa que contou com a participação de Maria Conceição Vieira, deputada estadual de Sergipe, e Sílvio Humberto, vereador de Salvador, mediados pelo assessor da SEPPIR, Edson Cardoso A deputada Federal, Luiza Erundina (PSB-SP) defendeu sexta-feira (19/04), que a construção de uma nova sociedade passa pela democratização da comunicação. A parlamentar foi palestrante da tarde no Seminário Representação Política e Combate ao Racismo, realizado em Salvador, Bahia. A atividade integra uma série de debates promovidos pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da república – SEPPIR-PR, na etapa preparatória da III Conferência de Promoção da Igualdade Racial – III CONAPIR, que acontece em Brasília, de 5 a 7 de novembro deste ano, com o tema Desenvolvimento e Democracia por um Brasil Afirmativo. “Se não garantirmos o acesso amplo aos meios e às tecnologias mais modernas para o maior número possível de brasileiros, vamos demorar muito mais tempo para avançar e alcançar os nossos ideais de sociedade igualitária”, disse Erundina, que propôs o resgate da utopia socialista que, segunda ela, deve extrapolar o tempo da realidade histórica. “A utopia socialista era para ser tão ousada e prospectiva para o futuro para que pudéssemos nos manter fieis aos nossos propósitos e alcançarmos as transformações estruturais, profundas e essenciais que o Brasil precisa”, completou a parlamentar. De acordo com Erundina, os seminários focados na III CONAPIR devem contribuir para o fortalecimento do debate na perspectiva da transformação. A deputada falou sobre a sub-representação de negros e de mulheres no parlamento, afirmando que a presença dos primeiros na Câmara Federal é de apenas 8,3% e a das mulheres não passa de 8,7%, apesar dos dois grupos representarem 50,7% e 50% da população brasileira respectivamente. “Por isso, proponho a ampliação dessa discussão para falarmos do poder, que sempre foi ocupado pelos homens, mas especificamente os homens brancos”, declarou. Vivência Para a deputada sergipana, que destacou a importância da instituição da SEPPIR, outros espaços precisam ser ocupados por pessoas negras. “Precisamos ampliar a participação, a presença negra em outros ministérios”, afirmou, ratificando a ideia de participação estratégica no processo eleitoral e na ocupação de espaços de decisão, visando a constituição de uma sociedade que melhor represente a diversidade étnico-racial do país. “Já fui candidata a vice três vezes e não quero mais ser vice”, completou. Vereador de Salvador pelo PSB, Sílvio Humberto foi o segundo debatedor da mesa da tarde no seminário, e sua fala destacou a força política do movimento negro. “As cotas conferiram diversidade à universidade e essa nova realidade se deve ao movimento negro”, declarou. Além disso, o economista Sílvio Humberto discutiu fundamentos do racismo e disse que “é preciso distingui-lo da discriminação para que o fenômeno não seja compreendido como a sua manifestação e para entendermos como o racismo estrutura as relações de poder no Brasil”. Parafraseando a filósofa Marilena Chauí, o vereador afirmou que “a ideia de inclusão social é insuficiente sem atacar o racismo e a exclusão racial”. SEMINÁRIOS TEMÁTICOS |
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Fonte: Coordenação de Comunicação da SEPPIR
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Mulheres Socialistas
Secretaria Nacional de Mulheres do PSB
